domingo, 7 de junho de 2009
"A vida é a dança que a gente faz"
A frase do título está em meu certificado de conclusão do curso de Danças Circulares que acabei de receber!
Em cada módulo houve treinamento,teoria e didática que o Instituto Giraflor de Curitiba tão bem soube conduzir.
As professoras Adriana e Lili foram verdadeiras fadas que com muito fundamento, prática, experiência e amor pelo que fazem, conseguiram plantar a semente destas danças em meu coração. Agora é fazer germinar, dar flor e como focalizadora fazer girar muitas rodas.
Além de ter contato com canções e danças celtas, israelitas,indianas, africanas e tantas outras, fiz novas amizades e pude descobrir ainda mais sobre meu ser.
Você conhece as Danças Circulares? Sabe do que se trata?
Elas representam uma retomada das antigas formas de expressão de diferentes povos e culturas. Hoje estão acrescidas de novas coreografias, ritmos e significados que o homem atual inseriu. As Danças Circulares Sagradas simbolizam a expressão musical e corporal de um povo.
Foi o bailarino,coreógrafo,pedagogo,desenhista e pintor alemão Bernhard Wosien, que através de sua pesquisa de mitos e símbolos das danças, desenvolveu e transmitiu as danças sagradas.Iniciou seu trabalho em 1976 numa comunidade da Escócia onde ensinou pela primeira vez sua coletânea de Danças Folclóricas para residentes. Bernhard já tinha passado dos 60 anos e, há algum tempo, andava procurando uma forma corporal de expressar seus sentimentos. Vivenciou alegria, amizade e amor, tanto para consigo mesmo, como para com os outros e a partir daí coletou mais e mais danças.
Ele encontrou na nas danças em roda, meios de trabalhar uma expressão corporal que pudesse transmitir organicamente um estado espiritual de alegria e amor!
Confesso que estas danças são um convite para olharmos para nós mesmos e para os outros, pois o círculo nos permite este olhar. Na roda interagimos de várias formas, trocamos olhares, sorrisos, cuidamos do outro...Na roda não há hierarquia, certo e errado e vamos aprendendo conforme nossa entrega,nosso ritmo natural. De mãos dadas sentimos o calor e a energia do outro e nesta roda vivemos a experiência de ser parte de um todo sem perder a individualidade.
Os passos que erramos podem nos dar informações valisosas sobre nós mesmos e como lidamos com certas dificuldades na vida.
Estas danças são propostas de educação, cura, autoconhecimento. Nos proporcionam estados meditativos, promovem nossa concentração, focam nossa atenção, facilitando o contato com nossa centelha divina, nossa essência e nosso eu superior.
Tanto a música como a dança, são para mim formas de encontrar consigo mesmo e conectar-se com o sagrado.E sem interpretação de outras pessoas, a vivência por si só já nos traz as respostas que buscamos em nosso interior.Por isto tudo, são sagradas!
Como focalizadora de dança aprendi a lição do desapego, pois a cada roda, cada grupo que encontramos, cada ser que dança conosco, passa por nós e como sol ilumina nosso ser e como lua recebe nossa luz e, gira e roda para encontrar outros seres. Focalizador também como diz o nome, é o que mantêm o foco numa vivência, que orienta, apoia. Não é nem professor, nem lider.
Hoje além do canto, acredito que a dança circular pode nos ajudar na missão de resgatar a coletividade. O novo homem daqui pra frente precisa reencontrar sua criança, seu ser espontâneo, deve deixar fluir sua criatividade e se reaproximar de seus sentidos: ouvir, ver, cheirar, tocar,saborear e intuir!
Já saboreou uma dança circular? Então quando ver um grupo dançando em roda numa praça, ou em algum evento, ou ainda tiver a oportunidade de partcipar de algum curso, não perca esta oportunidade! Aprecie, entre na roda e deixe-se levar!
Ah, não esqueça: a vida é a dança que a gente faz!
Abraços dançantes a todos os bailarinos, dançarinos,focalizadores,brincantes, músicos e em especial as "Fadas Cirandeiras" nome de batismo do grupo que se formou comigo e, ao Giraflor que nos formou com cuidado e profissionalismo!
Girando, giraflor, ciranda de amor!
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